A UM AMOR IMPOSSÍVEL
Não tens piedade quando à desventura
Encontras-me. Não vês que te amo tanto!
Qual densa chuva do olhar é o pranto...
Não tens piedade, ainda mais torturas...
Amar assim é arranhar feridas
No caos da vida desditoso e só.
Ninguém pode negar-se a própria vida,
Mas não me desvencilho deste nó.
Tu tens doces palavras no abrigo,
Pra fome do amor tens o alimento;
Apenas tenho o nada por castigo,
E tenho teu olhar por meu tormento.
E apenas me contenta o estar contigo
Pra alimentar meu próprio sofrimento.