A UM AMOR IMPOSSÍVEL

Não tens piedade quando à desventura

Encontras-me. Não vês que te amo tanto!

Qual densa chuva do olhar é o pranto...

Não tens piedade, ainda mais torturas...

Amar assim é arranhar feridas

No caos da vida desditoso e só.

Ninguém pode negar-se a própria vida,

Mas não me desvencilho deste nó.

Tu tens doces palavras no abrigo,

Pra fome do amor tens o alimento;

Apenas tenho o nada por castigo,

E tenho teu olhar por meu tormento.

E apenas me contenta o estar contigo

Pra alimentar meu próprio sofrimento.

Geraldo Altoé
Enviado por Geraldo Altoé em 11/07/2012
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