CLÍMAX
Como se, em mim, já não coubesse mais,
de bem querer, pedaço mais nenhum
e o coração guardasse desiguais
um eu e um outro, em formas incomuns,
ressinto assim que, às vezes, é demais
o tanto amar... E busco algum jejum,
para encontrar do amor alguma paz,
sem anular meu ser, de jeito algum...
Mas é na calma que me explode a falta
e já não sei além de mim, além
do meu sentir, o espaço que detém,
nessa minh’alma, a estima tão em alta,
sem que me importe a justa sobra em mim
e que me acabe justo nesse fim...
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