Soneto

Enebriado pelo doce líquido de teu cálice,

onde encontro o puro êxtase da volúpia

ouço a lira dos arcanjos de mármore

unido em uníssono destroça a angústia

Tão sublime quanto a primavera, aqui toda

ou uma sonata bela em sua modorra

Assim, maravilhosa, é a tua candura

capaz de suprir qualquer bravura

Te aplaudo com orgulho e respeito

És a Deusa renegada dos sábios

Mas em teu prol subjugo meu conceito

Ó Loucura!Que me arde o pecado

Elucida este amor não feito

Teu semelhante e amante, agora condenado