Soneto 246: O calo que me cala!
Calo-me, sem ver o teu sorriso,
Dói por esse calo que ora piso,
Aliso o teu peito e até desliso,
Analiso e aceito o teu aviso!
Confisco o teu olhar e já me calo,
Arrisco o amor, fugiu pelo ralo...
Disfarço a minha dor, não falo...
Então, não venhas cantar de galo!
O talo dessa flor sim morreu...
De tanto desamor sofreu...
Só é teu, o amor que feneceu!
Apeteceu dizer-te as minhas dores...
Uma vida que não foi só de flores...
Horrores eu tive, até amores!
© SOL Figueiredo - 07/07/2012 – 16:01