MÃOS AFLITAS

Deslizo meu olhar pelo teu corpo lindo
Contemplo a perfeição em cada linha grácil
Meu rosto se ilumina, abro um sorriso fácil
E fico embevecido o teu sabor haurindo

Da brisa da paixão recebo abraço brando
Assim, presa me faz o irrestível vício
Desvelo um coração para o prazer propício
Porquanto, entregue a ti, vive demais sonhando

És tu de calidez fonte profusa, excitas
Não mais posso aplacar esse carnal desvairo
Do tino já perdi, por te querer, domínio

Excerces sobre mim particular fascínio
Tu sabes que contigo em doces nuvens pairo
Acalmes, por favor, as minhas mãos aflitas




Interação enviada pela amiga Mariamar. Muitíssimo grato, poetisa.


LÁTEGO

E num ingênuo pulsar de pudor
Oculto a minha pele dos olhos teus
Suspenso estás, no meu silêncio, meu amor


Enlaças o vício ao teu desatino
Sentes-te preso à minha impertinência
Brilha a Lua no seu esplendor, nosso hino


Na cálida noite, nossas mãos aflitas são fascínio
É um látego para mim, aplacar tal domínio