Lembranças Distantes
Deixei-me levitar em pó de pétalas
Pedaços saturados de saudade
De todo intumescido p'las incrédulas
Pupilas, a sorver da humanidade
Miragens do que jaz tão intocável:
Teu rosto, onde repousa a eternidade
Descanso p'ra minh'alma rude e instável
Alento p'ra o meu resto de verdade
Por que, perto de nuvens nebulosas,
Foste deixar teu peito e a quem te quer
Não restam nem lembranças gloriosas
Que servem como abrigo na tormenta?
Esvai-se mais e mais no amor mi'a fé
O amor de que mi'a vida se alimenta!