SOB O CÉU, NA SOMBRA DA LUA
SONETO
SONETO
Noite fria geladíssima na noite rua nua
Sombra da lua enfileirada relentado;
Tem o céu o teto, o frio a coberta lua
Aquecer, em marasmo ali, lado a lado.
No coma embriagante em torpor ausente
A sensação férrea fome a trescalar açoita
Em digressão à noite ali em pesadelo ente
O vento do descaso impera bem na moita.
Seres d’alma, sofridos do arraso ingente
Revoltados com a blandícia do descaso;
Haurir sonhos que não sonharam ridente.
Em fantasia, lado a lado da opulência rente
Dementes isolados vivem o acaso do ocaso...
Gemem latente, o progresso tão assente.
Sombra da lua enfileirada relentado;
Tem o céu o teto, o frio a coberta lua
Aquecer, em marasmo ali, lado a lado.
No coma embriagante em torpor ausente
A sensação férrea fome a trescalar açoita
Em digressão à noite ali em pesadelo ente
O vento do descaso impera bem na moita.
Seres d’alma, sofridos do arraso ingente
Revoltados com a blandícia do descaso;
Haurir sonhos que não sonharam ridente.
Em fantasia, lado a lado da opulência rente
Dementes isolados vivem o acaso do ocaso...
Gemem latente, o progresso tão assente.