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C A R R A S P A N A [CCCXLI]




Ela abriu-me um sorriso, e revidei...
Num depois, sucederam-se sorrisos.
Uns a gosto, mas outros improvisos.
Neles todos, então, que derrapei.


Com os trejeitos da tal me acostumei.
Todos eles tornaram-se precisos.
Bem visíveis, uns poucos sem avisos.
Gestos bobos em que tão me amarrei.


Nos sorrisos da moça, aprofundei-me.
E quis ver por que são, assim, motivos,
vez que – neles, um dia – ajoelhei-me.


Bebo à farta dos risos dessa dona,
num vaivém, já sem beijos tão furtivos
– carraspana que a mim sugestiona.



Fort., 08/07/2012.
Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 08/07/2012
Código do texto: T3766407
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