O BEIJO DO ADEUS (Ao meu poeta, RONALDO CUNHA LIMA) O BEIJO DO ADEUS Odir Milanez A paz ampara o peito pouco arfante, a face ofusca a forma de ser flor. As horas param. Passa para o instante o corpo morrediço, já sem cor. Suspira a boca o hálito ofegante, os olhos choram pranto além da dor, a vida envida esforços, o bastante para ser vida enquanto vida for. Bocas trementes, lábios de oração. Colado ao frágil corpo, um corpo forte toma nas mãos inerte a fria mão. O instante final. Da vida o corte! O corpo forte, em preces de perdão, faz-se frágil, soluça, e beija a morte! JPessoa/PB 07.07.2012 oklima Sou somente um escrib que ouve a voz do vento e chora choros de saudade... |