AMOR OU LOUCURA. soneto-172.
Tinha uma vida prisioneira de um amor,
Esse amor que julguei ser tudo nessa vida,
Lamentava pobre ébrio em triste dissabor,
Entregue ao vício pelos bares da avenida.
Um trapo humano pelas sarjetas a dormir,
No triste estado que passa todos os seus dias,
Pelos escombros daquela cidade a sucumbir,
Vida de miserável despedaçado em agonia.
Maneia a cabeça quem o conheceu antes,
Quem se cobria em seu auge de brilhantes,
Vegetando num vazio qual cão sem dono.
Tudo por que um certo dia se deixou levar,
A esse amor de corpo e alma se entregar,
Em desespero entregou-se ao abandono.
Cosme B Araujo.
07/07/2012.