NO FIM DA NOITE DEBRUÇA-SE ALUCINADA

No fim da noite debruça-se alucinada,

sobre um arvoredo triste e medonho,

Naquele coreto, como uma vida indignada

Nas sombras do Vento, como um sonho!

Via-se ao longe, uma luz lúcida e irada,

Naquele túmulo do mausoléu risonho

Onde um carrossel gritava pla calada,

E desaparecia nos escombros deste que ponho!

Um casario assombrado, como um prédio,

Assustado pelo medo, dum grande assédio

Naquela cidade a Luz torna-se branda!

Quando a chuva desce sobre o nosso peito,

Vem uma claridade com muito respeito...

Mas é mesmo no Mundo, que Deus manda!

Luís de Sousa Oliveira

04/04/2012

TÓLU
Enviado por TÓLU em 07/07/2012
Reeditado em 17/03/2017
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