NO FIM DA NOITE DEBRUÇA-SE ALUCINADA
No fim da noite debruça-se alucinada,
sobre um arvoredo triste e medonho,
Naquele coreto, como uma vida indignada
Nas sombras do Vento, como um sonho!
Via-se ao longe, uma luz lúcida e irada,
Naquele túmulo do mausoléu risonho
Onde um carrossel gritava pla calada,
E desaparecia nos escombros deste que ponho!
Um casario assombrado, como um prédio,
Assustado pelo medo, dum grande assédio
Naquela cidade a Luz torna-se branda!
Quando a chuva desce sobre o nosso peito,
Vem uma claridade com muito respeito...
Mas é mesmo no Mundo, que Deus manda!
Luís de Sousa Oliveira
04/04/2012