Silêncios quebrados
Vou dar a minha alma um grito estridente
Vou berrar as chaves que abrem teu silêncio
Vou cuspir palavras que ardem em cio
Pra encantar esse teu mundo virgem e silente.
Vou te dar as letras de um poema ardente
Deixar tocar em ti, te deixar a um fio,
De gritar loucuras, conhecer o desvario,
De proferir palavras pro meu jeito indecente.
Vou te acender as chamas que farão crepitar
Toda palavra que, jamais, tua boca proferiu,
Até teus lábios apenas murmurarem
Vais me falar, até as palavras se cansarem,
Ofegante como quem pariu
Mas feliz por poder se libertar.