Onde estão os mortos?
Os mortos não ouvem nossas súplicas
Dormem debaixo das luas, pacientes
Sob os efeitos dos gasosos soníferos,potentes.
Não cantem! Pois não ouvem nossas músicas.
Seus corpos estão deitados nas terras rústicas
De invernos seculares,árduos, permanentes
Onde jamais se erguerão majestosos,sorridentes
Pois a morte lhes cobriu com assombrosas túnicas,
Mas talvez suas almas já estejam no paraíso
Gozando as tardes febris com meigo riso,
Em esquecimento dos vivos que por eles choram
Sem ter prova consistente ou uma distante noticia,
Onde estão os mortos, será que lhes restam alguma malicia?
Para enganar a morte e nos apontar a direção em que moram.