Meu calvário
Dias me completam, em fulgente deserto!
Brilhante! Quem mais poderia dizer
Se não a voz tua? Oh, alma do meu viver...
Pôs-se o seu manto ao meu corpo incerto.
Que tristeza? Que mágoas? Amor liberto...
Pôs-se ao meu caminho percorrer...
O fulgor da noite, a lua, o mar aberto...
— Que vinde me buscai o desabitado ser!
O qual se impõe, num iluminar, sem luz...
Que vês sob os vitrais da divina cruz,
O seu corpo de sangue numa terra fugaz!
Pois sou aquele que de amor descontente,
Eleva-o a voz, à voz de toda a gente,
No contrário fulgor do meu ermo de paz!
(Poeta Dolandmay)
Dias me completam, em fulgente deserto!
Brilhante! Quem mais poderia dizer
Se não a voz tua? Oh, alma do meu viver...
Pôs-se o seu manto ao meu corpo incerto.
Que tristeza? Que mágoas? Amor liberto...
Pôs-se ao meu caminho percorrer...
O fulgor da noite, a lua, o mar aberto...
— Que vinde me buscai o desabitado ser!
O qual se impõe, num iluminar, sem luz...
Que vês sob os vitrais da divina cruz,
O seu corpo de sangue numa terra fugaz!
Pois sou aquele que de amor descontente,
Eleva-o a voz, à voz de toda a gente,
No contrário fulgor do meu ermo de paz!
(Poeta Dolandmay)