FLORIDOS E DESERDADOS
Marco Aurelio Vieira, José Edward Guedes e Edir Pina de Barros
Ah... quanto eu amo a vida e seus floridos!
Mas sei, rasteja a dor nos descampados
e se me iludo às vezes, são descuidos,
pois sei que a vida esquece os deserdados.
Culpo o poder, a ânsia do dinheiro,
almas que, enfim, só pensam na matéria,
e geram, sem pudor, a vil miséria
que espalha, sem cessar, no mundo inteiro.
É de união e amor que precisamos
e repartir os bens com os hermanos,
que nada têm e estão passando fome
não só de pão, também da educação,
bem como dos florais do coração,
pois vida sem amor corrói, consome.