Fios de Prata
Tristeza, luz de lua em noite escura,
a refletir nas águas transparentes,
que logo formam ondas e correntes
no mar dos desencantos, da amargura;
nos prantos, que se espraiam, inclementes,
na tez de quem padece e se enclausura,
e faz da própria pele uma armadura,
sorri da amarga sorte, igual dementes.
Cortantes fios, feixes diamantinos,
que rasgam véus do olhar, expondo a alma,
daquele que soluça e não se acalma.
Luar argênteo, raios tão divinos
que cortam a escura noite e espelhos d’água,
por que jamais clareiam minha mágoa?
Brasília, 6 de Julho de 2012.
Livro: ESTILHAÇOS, pg. 55
Tristeza, luz de lua em noite escura,
a refletir nas águas transparentes,
que logo formam ondas e correntes
no mar dos desencantos, da amargura;
nos prantos, que se espraiam, inclementes,
na tez de quem padece e se enclausura,
e faz da própria pele uma armadura,
sorri da amarga sorte, igual dementes.
Cortantes fios, feixes diamantinos,
que rasgam véus do olhar, expondo a alma,
daquele que soluça e não se acalma.
Luar argênteo, raios tão divinos
que cortam a escura noite e espelhos d’água,
por que jamais clareiam minha mágoa?
Brasília, 6 de Julho de 2012.
Livro: ESTILHAÇOS, pg. 55