Soneto do medo
Eu navego em mares de tumulto
durmo sonos numa terra,cujo solo
Agride-me... Pedregoso e inculto
e choro lágrimas secas no teu colo...
Vejo-me morrer perante o teu olhar felino
e fico inquieto e temeroso em teu leito
choroso e indefeso como um menino
que suga o leite do maternal peito...
Vejo-me reflectido no teu olhar cansado
e sedento de luz,vou ver o luar prateado
para nele beber carinho e esperança...
E com um raio dessa luz eu me espanto
e ouço a brisa morna entoar um canto
que me faz ser forte e deixar de ser criança!...