IMPUNIDADE
Não sei porque as flores são julgadas
E desconheço até mesmo o teor
Que faz o lírio a salvo ao despudor
Mesmo sorvendo-lhe a seiva estagnada
E se ele dorme na lama peçonhenta
Que lhe empresta a flor empedernida
É tão culpado expondo outras vidas
Qual o ciclone formado na tormenta
É triste ver a vil impenitência
Que faz do lírio um joio trapaceiro
Se aventurando entre flores sepulcrais
Enquanto aquela que lhe encanta o viveiro
A rosa certa dos Teus sonhos eternais
Prossegue pura no jardim da existência!!!