Soneto da morte ( II )
Estou vivendo rumo à morte!
Lentamente para ela vou caminhando,
percorrendo a direcção da minha sorte
e suavemente no silêncio enveredando...
A morte é um pesadelo constante
que interfere no sono dos que sonham
que a vida pode ser mais do que um instante,
e que nisso, todo o seu empenho ponham...
Por isso eu caminho lentamente
para longe do ruído que me faz demente
e penetro no silêncio que me faz contente...
Antecipo o fim de todo o ser vivente
e morro simples... Simuladamente!
No teu corpo, onde voltarei a ser gente!