Vielas Escuras
Vielas Escuras
Jorge Linhaça
Entre as vielas escuras, sombrias
vagam esguias várias criaturas
Na tecitura de mil noites frias;
Nas confrarias de vis imposturas
Palavras duras, em plena sangria
pouca valia na mente obscura
Buscando a cura e também a alegria
na alergia d'uma alma pura
Vindo o dia, cá pouco se muda,
Plateia muda … refém do seu medo
Guarda o segredo das ruas imundas
Chagas profundas em meio ao degredo
Qual um penedo negando-lhe ajuda
Dizem os grandes: Ainda é cedo!
Salvador, 04 de julho de 2012