Eu digo apenas...
Se, hoje, o pranto de teus olhos rola.
Sabes bem que a culpa não é minha.
Pois no passado, foste tão mesquinha,
Por isso que não tens quem te consola.
Dentro de ti, a solidão te esfola
E, te corroe tal qual erva daninha.
Te machuca, te suga, te espinha;
Impregnaram-se em ti feito cola.
Jamais condene alguém por teu fracasso,
Foste tu, que plantaste teu destino:
Puseste em teu pescoço este laço
Que, lentamente enforca tua vida,
Pondo todo teu juizo em desatino,
Eu digo apenas: que pena, querida!...