TOLO SILÊNCIO...

Aos meus pés estão, ainda, as cartas não enviadas,

Meros rascunhos que então transbordam de mim,

Algumas tão tristes que se encontram molhadas,

Das lágrimas que me parecem nunca terão fim.

Outras riscadas, entrave da dúvida a me cobrir,

Juntas as que nem cheguei a terminar, por fim,

Não sabes de mim. Absolutamente. O tolo a ruir,

Qual o amontoado das folhas formado assim.

Consequência do insistir desse silêncio tolo,

Do constante arrependimento de um louco,

Que jurou nunca mais palavras te proferir.

Da rebeldia das minhas trêmulas mãos,

Atendendo aos gritos da minha alma, e coração,

Que conchavam em meus versos o silêncio a fluir.

Inaldo Santos
Enviado por Inaldo Santos em 03/07/2012
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