Soneto: Noite...
Noite turva, obscura, perturbadora...
Na noite o bosque desnuda no silêncio...
Ao anoitecer tudo passa a se ocultar...
Escuridão, ignorância, é misteriosa à noite...
Ao anoitecer espantoso, pode vir o choro...
Nas assas da tensa noite, o espanto e vero...
No escuro reflito parace-me que estou a morrer...
O corpo desce à sepultura escura da morte...
Sem escusa, vou sem evitar...
Sem escusa, prossigo sem desanimar...
Sem escusa, vou te atravessar...
Sem escusa, vou desenovelar...
Sem escusa, vou explanar...
Sem escusa, à noite a de tolerar-me...
Direitos autorais: Araújo. Escritor/Radialista/M. Teol.