O PRÍNCIPE REAL

O PRÍNCIPE REAL

Dei sem me pedires, e perdi meu valor.

Amando cegamente, alimentei sonhos,

Que seriam eternamente, tal proponho.

Mas no ar refrigerado, não existe calor.

Não havendo limite pros teus caprichos,

Tornei-me incapaz e o sapo é vencedor.

O sonho encantado teu egoísmo levou,

Mesmo me mantendo, sob o teu feitiço.

Quando o supérfluo elimina a essência,

E guiamos nossa vida sobre futilidades,

Expulsamos de nós a mágica felicidade.

Colher sem plantar é a louca demência,

De pessoas mimadas rumo à fatalidade,

De serem vítimas, da eterna fragilidade...