TARDE Odir Milanez Por que me acenas, tarde, do solário onde escondes da noite o lusco-fusco? Por que te vais tão cedo, enquanto busco em meu destino o amor imaginário? Espera a minha espera! O tempo é vário, muda de rumo a cada instante brusco. Deixa de luz no ocaso algum rebusco e esquece, um pouco, a rigidez do horário! Afasta do horizonte essa cor parda, retarda o tempo e dá-me a salvaguarda das horas sem princípios nem finais. Acende mais o sol, para que arda, tarda-me, tarde, pois o amor me tarda e de espera preciso um pouco mais! Delivra-me das horas desiguais, atrasa-te, que o triste me acovarda! JPessoa/PB 02.07.2012 oklima
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