Vampiro pegureiro
Há pessoas que vão vivendo de prestígio,
Preferem, de consciência, viver de litígio,
E vão assim as outras pessoas abduzindo,
Passando o tempo todo somente sorrindo.
De Boa lábia, boa aparência e ar inocente,
Quanto mais falam mais ilude a boa gente.
Esses estelionatários agem tão desenvoltos,
Não se constrangem, calmos, andam soltos.
Quem se perde na bazófia dos bons vivants,
São viventes que não se julgam irrelevantes;
Tão cegos se entregam cordeiros e carentes.
Oferecem aos sanguessugas toda sua atenção,
E, como num passe de mágica, em uma ação
Rápida, eles confiam suas fés aos decadentes.