Soneto noturno

Em tua madrugada gélida,

escorre sobre teus ombros

a fonte que sacia poucos...

o orvalho à ti venera

No radiante alvorecer,

suspira em seus ouvidos

a rapsódia dos lírios...

tocando até esmaecer

Chegando o laranja tardio,

faz cantar à quem vai já...

acolhendo quem nascerá

Então no palor noturno,

descanse a dor do mundo

e tua alma terá sido tudo