Soneto delirante
Vi um cavalo, estou certo
de crinas esvoaçantes
galopando num deserto
de areias escaldantes...
E nesse cavalo, montada
seguia uma linda criatura
de pele morena, desnudada
contrastando com a alvura...
E esse galopar incessante
tornou a moça ofegante
esgotada e com ar tristonho!
E eu dei por mim nesse instante
em que acordei, delirante,
vendo que tudo era um sonho...!