ACASO
Quisera acreditar em mim, a poetisa!
É um nome tão formoso e creio que cai bem,
mas sou mulher que agora, o chão das Letras, pisa
e imprime à sua arte, a força que não tem.
Mas para tal mister, há que ser mais precisa
e confiar em si – vencer todo desdém –
fazer do seu labor a última divisa:
– Na busca do mais belo, espaço de ir além...
E bem quando a tristeza espalha mais raízes,
e quando qualquer fé escapa e vai embora,
mais forte é o seu verso, os ditos mais felizes
registra em seu poema e quase é a senhora
da dor e da alegria... E as raras cicatrizes
cura n'água salgada – as lágrimas que chora.
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