A SORTE VENCIDA
Portugal, 2 x Espanha, 4
Mais uma vez a nossa sorte foi aziaga
Que, após um despique muito generoso
Em que os Lusos mostraram estro poderoso,
Deixou em nossa boca a sensação amarga.
Entre as vulgares sortes mais nenhuma apaga,
Deste sonho que já é tão supersticioso
E que morre de pé na praia sem ter gozo,
Aquela síndroma lusa transformada em chaga.
A magia da bola mesmo quando é forte
Nunca dispensará o engenho e a sorte,
Esse é o lema de toda a crença com verdade…
E se naquela luta que tiver lugar
Algum entrave possa o sonho aniquilar
Guardemos dele apenas a feliz saudade!
Frassino Machado
In JANELAS DA ALMA