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Pau-de-arara, transporte de pobres
retirantes nos sertões nordestinos,
Brasil.




M I G R A Ç Ã O [CCCXXXVIII]


Comparo um retirante nordestino
com qualquer imigrante, forasteiro,
lá das plagas remotas do estrangeiro
– pelo menos na garra e no destino.



Diligentes, audazes, de bom tino,
dão-se às fainas, se doam por inteiro;
quase sempre um de fora é pioneiro,
pois raro tem preguiça o peregrino.



O nosso pau-de-arara vai-se embora,
tantos chegam das terras lá de fora,
mas todos no dever das suas lidas.



Aos que lutam e vencem, com suor,
só nos resta almejar mundo melhor,
que d’espinhos se forjam suas vidas.


Fort., 27/06/2012.

Gomes da Silveira
Enviado por Gomes da Silveira em 27/06/2012
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