Toque de silêncio
Com a falange de meu dedo a toquei,
Como um rio que corria por tua pelve,
Sentia no momento o arrepio em prece,
Que murmurava que eu a conquistei!
A luxúria me estremecia o desejo,
A libido contagiante que te tomavas,
Nos meus braços um singelo silêncio,
Que assentia a paz que te libertavas!
Quem de nós dois imaginaria a sintonia,
A real sinfônica de nossos êxtases em voz,
Eco que transcendia paredes, até o tempo...
E, hoje, tudo o que disse vejo que é sonho,
Tuas mãos nunca me tocaram, só os lábios,
Mas a lembrança é etérea como fumaça!