AO POETA
Ah! Não sou mais aquele catedrático...
Boêmio cachaceiro e mulherengo,
Quão outrora, fui deveras um dramático.
Todavia meu regresso sem arengo.
Escrevi só a verdade e fui banido,
Do solo mãe, da minha Pátria Amada
Contudo bem distante... Tempos idos
De volta pro meu lar, debilitado.
Noutro estado, porém em Pernambuco
Sem saída morrerei, seio do meu país.
Já não aguento, sufoca o próprio muco.
Em teu colo, em teu leito eu só queria,
Adormecer, sonhar eternamente.
Nativismo, saudades, tu... Bahia.