AO POETA

Ah! Não sou mais aquele catedrático...

Boêmio cachaceiro e mulherengo,

Quão outrora, fui deveras um dramático.

Todavia meu regresso sem arengo.

Escrevi só a verdade e fui banido,

Do solo mãe, da minha Pátria Amada

Contudo bem distante... Tempos idos

De volta pro meu lar, debilitado.

Noutro estado, porém em Pernambuco

Sem saída morrerei, seio do meu país.

Já não aguento, sufoca o próprio muco.

Em teu colo, em teu leito eu só queria,

Adormecer, sonhar eternamente.

Nativismo, saudades, tu... Bahia.

fcemourao
Enviado por fcemourao em 27/06/2012
Reeditado em 27/02/2014
Código do texto: T3747465
Classificação de conteúdo: seguro