Trevas d'alma

Nesse mundo vivo eu apenas de azáfama.

Eu que não busquei viver da deusa fama,

Sinto orgulho de me chafurdar na lama,

Aliviando a dor que quase me desalma.

Somente penso em ti minha nobre alma

Que às vezes chego até perder a calma.

E o ardor na minha calejada palma,

É de fazer da lama a minha cama.

Nem por um dia eu perco a esperança

Que ainda vou rever a tua loura trança;

Provar que quem ama sempre alcança.

Quando eu te perdi o sol perdeu sua chama.

Nas noites frias só a lama que me chama...

Me perdi, ébrio, hoje sou uma semialma.

Le Roy
Enviado por Le Roy em 26/06/2012
Reeditado em 26/06/2012
Código do texto: T3746458
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