ONDE A DOR SE MANIFESTA
E davas de mamar... Nas minhas tetas
Alimentei a fúria dos desejos,
Bebias nos mamilos o ensejo
De um alimento farto e obsoleto...
Comi na tua carne o teu perfume;
Bebi nos lábios teus o mel mais puro;
E ao quarto nupcial do teu ciúme
Em teu veneno ouvi o meu futuro...
E eras o engodo de meus dias,
A minha ilusão eras também...
E ao parque da ilusão em que eu vivia
Dirias que o amor faria o bem.
Mas se estava a sós, o que eu ouvia...
Dizias que eu apenas sou ninguém.