DECIFRA-ME...
De tempos em tempos, ou quase sempre,
Principia este vulto de dores e sombras,
Que em mim domina e minh´alma treme,
Em face de toda a saudade que me sobra.
Ao que antes apenas pressentia, alimenta,
Sobeja, a chegada da noite não me demora,
Céu dos sonhos em negritude e tormentas,
Em sentir por dentro que algo me devora.
Antiga esfinge e eu um mero Édipo idiota,
Sabendo de ti todos os teus segredos,
Mas sempre fingindo não ter as respostas.
Em verdade me pus em situação oposta,
Escondi de ti quase que todos os medos,
Deixei-me devorar qual me sinto agora.