Sepultado Vivo
Acordo e estou num túmulo fechado,
Já quase não podendo respirar…
Num ataúde estreito, aqui sem ar,
Ficando cada vez mais sufocado…
Enfraquecido e mui desesperado,
Na escuridão intensa, a agonizar,
Esperançoso, tento acreditar
Que ainda poderei ser libertado.
A sete palmos para além do chão,
Encontro-me trancado num caixão,
Gritando sem que alguém me possa ouvir.
Demoro p'ra morrer, estou aflito…
E o único que pode ouvir meu grito,
Eu sinto que ao ouvi-lo fica a rir.
25 de junho de 2012