SONETO SINGELO
Quero compor um soneto singelo,
leve cadência, com versos pueris,
sem o requinte, bem simples, mas belo
a revoar corações colibris.
Sem pretensões, ser afago de anelo,
doce, a tocar as alminhas gentis
entre emoções e candor, sendo um elo,
colhendo flores aos sóis pastoris.
Cada palavra, encantado castelo,
ninho de letras, morada feliz,
cena em que um sonho, no heroico duelo,
ceifa as cruezas reais na raiz.
Para findar a criação na harmonia,
brincar com anjos no céu da poesia.
(Primeira publicação em 19 de janeiro de 2011).