AO CORAÇÃO
AO CORAÇÃO
Sinto- te agora, coração, precisamente
Como quisera te sentir a vida inteira:
Batendo calmo, ritmado, normalmente
E não em louca disparada, em atroz carreira...
Eu sabia que o teu pulsar incoerente
Agitado e revolto dava-te canseira
Mas tu o preferias, pobre inconseqüente,
Não me ouvias, batias à tua maneira...
Despertaste, porem, mostrando teu valor
Batendo compassado, sem dor, ou emoção,
Lentamente pulsando sem agitação.
Vai sempre assim meu querido amiguinho,
Batendo devagar, batendo de mansinho
Sem ter saudades de um louco e falso amor...,