Quisera!
Quisera ver no céu ignoto estrelas pontiagudas
Quisera sentir o aroma de flores desconhecidas
Quisera beber a água doce da fonte escondida
Quisera por capricho a visita do amor sanhudo
Pudera, ainda há tantas nuvens o céu a cobrir
Pudera, o odor sobrepõe o aroma dos jasmins
Pudera, as águas da fonte não brotou em mim
Pudera, algum momento a estrutura pode ruir
Quisera do sonho impróprio, brotar a realidade
Nas águas límpidas a semente exalada resistir
Que o desejo restaurasse as ruínas no porvir
Pudera dissipar as nuvens e a lua nova sorri
O aroma esquecido na imortalidade esparzir
E as vozes dos sentidos a melodia expandir.
Luzia Ditzz,
Campinas, 11 de março de 2012.