GUERRA DOS PRAZERES
Quem és tu que assim minha vida tece,
Feito aranha na teia me prendendo?...,
Meu corpo seduzido ao teu, gemendo...,
Depois que o teu veneno me enlouquece!
Teu cheiro feminil tanto apetece,
Que por toda tua pele vou lambendo,
Até que se vá à língua amortecendo,
E muito mais meu sexo se enrijece!
Domada em meus abraços por inteira,
O jogo assim se inverte primoroso!
Deixo-te sorridente e mais guerreira...
Porém, no amor duelo é saboroso;
Quanto mais, seja de qualquer maneira,
Matando a nós dois, num intenso gozo!