Eternamente...
(Republicado)
Que morra tudo em mim, mas não a poesia.
Que ela chore, que conte meus horrores,
Que sorria, que entregue meus amores,
Mas não... Que nunca morra em mim a poesia.
Que ela me alivie em meus clamores
Que conte minhas loucuras, todo dia,
Mas que não morra em mim a poesia
Senão... Não caberão em mim as dores.
Se sofro, é ela, a razão da alegria
Quem torna meus neurônios vencedores,
E livram a minh'alma da agonia.
Que morram em mim os credos tentadores,
Mas, que sobreviva, enfim, a poesia,
E não sucumbirei aos dissabores...