CANTO DE ADEUS
Meu chão é lodo de descrença e de derrota
Impregnando os meus pobres pés cansados
Ainda viva eu me sinto alma penada
Em cujo mundo não encontro uma só porta
O que na terra ambiciona o ser humano
Em mim é algo que se perde angustiante
Pois sua posse cala o valor de antes
Ao meu olhar que se queima em novas chamas
Cansei da luta joguei fora minhas armas
Cheguei sem nada e sem nada eu vou embora
Não quero flores e nem prantos em meu adeus
Tudo que quero e ver soar-me a última hora
Em que se fecha o abismo e abre os céus
Ao filho pródigo que retorna a suas plagas!!!