DESVARIO
Cai a noite, negreja o azul celeste,
Pontilhando de vislumbre constelar ,
E foi como se tu, moça, me deste
O teu amor fogoso ao me abraçar.
No cheiro do mato do agreste,
Lúbrico olor me faz suspirar
Que vou de norte, sul ao leste,
Atrás de ti p´ra te afagar.
Na noite que nos cobre de magia,
Com romance da mais bela fantasia,
Perco de mim toda a razão.
Pelos becos gatos vagabundos,
Sem noção de tempo, nem segundos,
Desvairados pela escuridão.
(YEHORAM)