O Verso, a Areia e o Mar
Sentado à beira Mar... Ao Som de Deus,
Perdido no Deslumbre deste estado;
A sentir o arfar fúlgido, cortado
Deste Gigante... Eu faço os Versos meus.
Tal se fosse um herói pelos desertos,
Caminho sobre a areia alva, versada.
Versos poentos nesta areia alada!
Chuvas de grãos nos meus braços abertos!
Agita-se o Mar... Flébil e queixoso,
Espera os Versos... Rindo-se do dia...
Estrelas fazem minha madrugada!
Enfim o Mar abraça, ermo e choroso,
Os Versos! Mas na volta esta Alegria
Some! Pois no Areal não há mais nada!
Decassílabos no ritmo heroico
20/06/2012