Soneto desconjutado
Pudera te ver passando
E não sentir o vento deslocado
O hálito da saudade
Não tem cheiro de Halls
Pudera escutar aquela canção
E não ouvir a fotografia
De um instante vivido
Que insiste em se emoldurar na parede
Quisera você
Rasgar o meu peito
E mudar de lado
O meu coração debilitado
Entenda então
Que aqui flores nascem
Enquanto outras falecem
Para o passado