† Nocturne †

De meu doente peito o sangue a escorrer

Em que tanto maculei por te amar

Choro n’um Chopin fúnebre a enforcar

Um eu já pois noturnado a morrer

Em verdes olhos morri a delatar

Por derramar meu sangue em sinfonia

Música pra berrar que já morria

Por morrer pra em música nos tornar

No instantâneo viver à eternidade

N’uma nota envenenar a verdade

Com mentiras de recíproco amar

†

Na insânia deleitar-me com quimeras

Por viver em mil ilusões mais belas

Que em feiosa veritá me degradar

Kokoro
Enviado por Kokoro em 20/06/2012
Reeditado em 20/06/2012
Código do texto: T3734593
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