† Nocturne †
De meu doente peito o sangue a escorrer
Em que tanto maculei por te amar
Choro n’um Chopin fúnebre a enforcar
Um eu já pois noturnado a morrer
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Em verdes olhos morri a delatar
Por derramar meu sangue em sinfonia
Música pra berrar que já morria
Por morrer pra em música nos tornar
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No instantâneo viver à eternidade
N’uma nota envenenar a verdade
Com mentiras de recíproco amar
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Na insânia deleitar-me com quimeras
Por viver em mil ilusões mais belas
Que em feiosa veritá me degradar
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