_____ Fragatas _____
Os versos que escrevi, em minha vida,
Nos descampados laços de ir embora...
Fui condenado e preso nu'a guarida
A mergulhar em lavas — desde outrora.
Nessa aurora com imagem desmedida,
Que o refletir das sombras me apavora,
Nu’a sensação tão louca, e desprovida...
Mui lenta — essa amargura me devora.
Adormeço nu’a bolha que repousa
Nos mares, lagos, rios e cataratas —,
Nos campos e jardins, minh’alma pousa;
E boio sobre as vagas co’as toccatas...
A remar nesse lago — rumo à lousa...
A exumar-me das trevas, com fragatas!
Pacco