A CONTA, A PENA, A REZA E A GRAÇA
Amor, eu sofro tanto (oh, dura pena!)
se tu te vais de mim, levando a graça,
ceifando os versos todos desta pena
e até me esqueço rumo, nome, graça!
A Deus, de teu abraço, peço a graça,
pois tua ausência surra sem ter pena!
Entrego a sina ao teu dispor, de graça
e faço as próprias asas, cada pena!
Candura, enquanto afaga, baixo, conta
que um anjo sorridente e lindo reza
por nossa proteção, que o sim dê conta...
do não brutal que o livro-vida reza,
que pague em preço leve sua conta!
E o mundo faz-de-conta faz-se à reza.