A CONTA, A PENA, A REZA E A GRAÇA

Amor, eu sofro tanto (oh, dura pena!)

se tu te vais de mim, levando a graça,

ceifando os versos todos desta pena

e até me esqueço rumo, nome, graça!

A Deus, de teu abraço, peço a graça,

pois tua ausência surra sem ter pena!

Entrego a sina ao teu dispor, de graça

e faço as próprias asas, cada pena!

Candura, enquanto afaga, baixo, conta

que um anjo sorridente e lindo reza

por nossa proteção, que o sim dê conta...

do não brutal que o livro-vida reza,

que pague em preço leve sua conta!

E o mundo faz-de-conta faz-se à reza.

Marco Aurelio Vieira
Enviado por Marco Aurelio Vieira em 19/06/2012
Reeditado em 19/06/2012
Código do texto: T3732908
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