«Todos os seres humanos experimentaram vidas anteriores. Quem sabe quantas formas físicas o herdeiro do céu ocupa, antes que ele possa compreender o valor daquele silêncio e solidão, cujas planícies estreladas são apenas a antecâmara dos mundos espirituais?»
(Honoré de Balzac, 1799 - 1850)

 




OCEANOS DO TEMPO
 

Há um mistério, não consigo desvendar, 
Que sinto me acompanha de outras vidas,
Pelos séculos me senti deambular,
Revelando-me a cada manhã nascida.
 
No oceano do tempo ouvia: «Vem por aqui!»,
E minh’ alma, pensava: «O Longe eu amo,
Lá encher-me-ei de luz!» E não ia por ali,
Ansiava p'la árvore da qual era ramo…
 
Cada lugar que passei na travessia,       
    Senti que vozes e rostos conhecia…          
Indizíveis vivências me acompanham,

Não consigo expressá-los em viva voz,
Esses oceanos do tempo que banham
O meu caminho, da nascente até à foz…



Ana Flor do Lácio
Ana Flor do Lácio
Enviado por Ana Flor do Lácio em 17/06/2012
Reeditado em 21/06/2012
Código do texto: T3729429
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